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11/01/04

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Ver de perto elefantes, hipopótamos, tigres ou ursos polares no seu habitat natural pode ser a viagem de uma vida para quem gosta de animais – e uma oportunidade única dadas as múltiplas ameaças que, directa ou indirectamente, pendem sobre muitos deles. Faça as malas e parta num dos 18 passeios e viagens que se seguem. Enquanto é tempo...

Pesquisa de Helena Morgado
Texto de Teresa Frederico
 
 
 

 

Golfinhos do Estuário do Sado
Um espectáculo para miúdos e graúdos

Vale a pena reservar um fim-de-semana para conhecer a Reserva Natural do Estuário

do Sado, uma área de 23 160 hectares que acolhe 261 espécies. A principal atracção são os roazes, uma comunidade de cerca de 30 animais que pode observar em passeios de barco promovidos por empresas especializadas.

Ao longo de cerca de três horas encontram-se vários grupos de golfinhos em busca de comida ou entretidos em saltos e outras brincadeiras, num espectáculo que seduz miúdos e graúdos. Com um pouco de sorte eles chegam bem perto da embarcação, parecendo muito curiosos ou tão bem-educados que vêm cumprimentar os visitantes. Apetece tocar-lhes mas, na impossibilidade, consome-se um rolo de fotografias inteiro em meia dúzia de minutos (pelo que é melhor levar vários).

Embora não tão populares quanto os golfinhos, as aves da zona também merecem ser apreciadas, nomeadamente os flamingos e

as cegonhas. Ainda na Reserva, não deixe de visitar a Herdade da Comporta e seus arrozais e, na Carrasqueira, o porto palafita.

Para que o fim-de-semana seja perfeito, sugerimos-lhe que pernoite na pousada histórica de São Filipe. Instalada na fortaleza homónima, beneficia de uma vista deslumbrante sobre o estuário do Sado e a península de Tróia.
 

 

 

Parque Nacional da Peneda-Gerês
Centenas de espécies por descobrir

No gerês, como em muitos outros habitats
naturais mencionados neste artigo, o que mais conta para conseguir observar os animais autóctones é a sorte. É que os bichos andam a tratar da sua vida e não se exibem facilmente – e fazem muito bem, não vá
dar-se o caso de os visitantes serem menos amistosos.

 

A fauna deste parque nacional, que em tempos foi a mais rica do País (quando lá viviam ursos pardos e cabras
do Gerês), apresenta uma grande variedade de espécies de que se destaca o corço. Uma área que ronda os 70 mil hectares acolhe cerca de 235 tipos de vertebrados, dos quais 65 pertencem à lista das espécies ameaçadas, como os morcegos-de-ferradura grande e os lobos, considerados em perigo de extinção.

Toupeiras-de-água, lontras e inúmeras aves são outros dos animais aqui estabelecidos. Se tudo correr bem, durante o passeio será surpreendido por grupos de cavalos selvagens, tão elegantes quanto fugidios.

Para melhor descobrir o parque e passar momentos de verdadeira comunhão com a Natureza o melhor é pernoitar numa casa-abrigo (há três: uma situada
em Barreiro, a cerca de três quilómetros de Castro Laboreiro; outra em Adrão, a 10 quilómetros do Soajo; e a terceira na Penha, na freguesia de Britelo) ou numa das várias casas-retiro (localizadas em Bico de Pássaro, Baleiral, Branda de Murça, Penadoeido, Pitões das Jú-nias e Ventuzelo). Equipadas com oito camas indivi-duais, distinguem-se entre si por as segundas não possuírem electricidade.
 

 

Parque Nacional Fernando de Noronha
Tartarugas e golfinhos vivem no arquipélago brasileiro

Considerado um santuário ecológico, o arquipélago de Fernando de Noronha fica situado a 545 quilómetros do Recife e é constituído por 21 ilhas, rochedos e ilhotas cuja área total ronda os 26 km2.

 

Parte da ilha principal, homónima, é ocupada pelo Parque Nacional Marinho, criado em 1988 com a função de preservar a flora, a fauna e demais recursos naturais.

Destaca-se a fauna marinha, em especial os golfinhos rotadores, assim conhecidos por rodarem sobre si próprios durante os saltos que executam fora de água. Animais que chegam a atingir dois metros de comprimento, podem ser observados ao nascer do Sol a partir do miradouro da Baía dos Golfinhos, área de águas calmas e protegidas onde descansam e se reproduzem. Ao fim do dia, regressam ao alto mar para se alimentarem de pequenos peixes.

As tartarugas constituem outra atracção. As aruanas são observáveis à superfície a partir de Novembro, quando os machos disputam as fêmeas, e de Dezembro a Maio, período em que sobem às praias do Leão e do Sancho para depositarem os ovos que incubam durante 50 dias. Se mergulhar pode avistar tartarugas-de-pente, uma espécie ameaçada devido à pesca para confecção de óculos, pentes e bijutaria.
 

 

Circuito na Tanzânia
Três parques de visita obrigatória

 

A tanzânia é um verdadeiro paraíso para quem pretende observar animais de grande porte como rinocerontes e elefantes. O circuito que a Across Africa Safaris lhe propõe permite-lhe visitar três importantes reservas. O programa tem início em Arusha, uma pequena cidade situada junto do monte Meru, e a primeira paragem é no Parque Nacional do Lago Manyara, a cerca de 130 quilómetros, uma reserva que acolhe elefantes, búfalos, girafas, chitas, gnus (também conhecidos por bois-cavalo), impalas, zebras, hipopótamos, rinocerontes, leões e aproximadamente 350 espécies de aves.

 

Segue-se o Parque Nacional de Serengeti, nome mítico que em masai significa “planície sem fim”. Localizado num planalto entre Ngorongoro e a fronteira com
o Quénia, é considerado o maior santuário de vida selvagem do mundo, acolhendo mais de três milhões de grandes mamíferos numa área com mais de 14 700 quilómetros quadrados. Os seus rios também proporcionam um excelente habitat para muitas espécies
de aves e de répteis.

 

O trajecto para Ngorongoro é um verdadeiro safari fotográfico. Nesta área de conservação destaca-se uma imensa cratera vulcânica que é habitada por mais de 25 mil grandes animais, nomeadamente zebras, leopardos, chitas, elefantes, antílopes, leões, flamingos e muitas aves não observáveis nos outros parques que integram este circuito.
 

 

Moçambique e África do Sul
Do Kruger Park ao Parque Nacional de Bazaruto

Quando se fala de observação de animais,
o Kruger National Park é uma referência obrigatória. Com uma área de 20 000

quilómetros quadrados, fica situado na África do Sul e percorre cerca de 350 quilómetros da fronteira com Moçambique – o que significa que pode conhecê-lo durante uma viagem
a esta ex-colónia portuguesa.

O programa da TerraÁfrica propõe-lhe isso mesmo: umas férias de 14 dias com três noites de alojamento em Maputo, a capital moçambicana, seis em Bazaruto, um dos destinos turísticos mais famosos do país, e duas no Pestana Kruger Lodge, situado junto ao parque.
Um dos dias da viagem é totalmente dedicado à visita ao Kruger National Park, estando previstos safaris diurnos e nocturnos. Aqui poderá observar cerca de 147 espécies de mamíferos, 507 de pássaros, 114 de répteis, 34 de anfíbios, 49 de peixes e 336 tipos de árvores... Não há expedição que chegue para contemplar tanta diversidade! As principais atracções são os chamados big five: os leões, os elefantes, os leopardos e os rinocerontes.

 

Em Bazaruto, aproveite alguns dos cinco dias livres contemplados no programa para visitar o Parque Nacional homónimo. Criado em 1971, acolhe crocodilos, tartarugas, golfinhos, dugongos (mamíferos marinhos) e muitas espécies de pássaros.
 

 

Viagem à “capital dos ursos polares”
Safari de buggy em Churchill, no Canadá

Mamíferos carnívoros, relativamente corpulentos, com pêlo longo e denso, os ursos adultos pesam entre 300 quilos e mais de uma tonelada. Podem ser cinzentos, louros, negros ou completamente brancos, como os que habitam nas regiões árcticas. Se sempre desejou ver de perto estes últimos, aceite o desafio da TravelWild

Expeditions: participe numa viagem à “capital dos ursos polares”, Churchill, uma pequena cidade situada na região canadiana de Manitoba.

A expedição tem início em Winnipeg, local de encontro do grupo (constituído, no máximo, por 20 pessoas) com os organizadores. Após uma reunião preparativa, um voo de três horas leva-o até Churchill (aproveite para visitar
o Eskimo Museum e outras atracções locais).

Seguem-se três dias de safari em viaturas especiais, designadas polar buggies, pela zona de Hudson Bay, onde finalmente avistará os ursos brancos. Raposas, lebres e corujas especialmente “equipadas” para conseguirem sobreviver ao clima enregelante da região são outros dos bichos que poderá observar.

A melhor época para ver os ursos é entre meados de Outubro e Novembro. Por isso, toca a fazer as malas – para não “fazer figura de urso”... não se esqueça de incluir na bagagem muitos rolos fotográficos e roupa bem quente, capaz de o proteger de temperaturas médias que oscilam entre -15 e 5 graus centígrados – e a embarcar para Winnipeg.
 

 

Nota: Boa viagem!

  • Adriano Gomes

     

     

     

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    Este site foi actualizado pelo última vez em 20/11/03